terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Novidades na Estante: Os Filhos do Tempo - Chaiene Barboza

Hello people! Tenho novidades por aqui...
É com muito prazer que anuncio a parceria do Me, My Shelf And My Books com a Modo Editora. Fiquei super feliz com essa parceria por que a Modo está abrindo as portas do mundo editorial para novos autores, e eu, particularmente acho importantíssimo dar oportunidade e incentivar novos talentos. Vocês tem idéia de quantas estórias incríveis estão guardadas dentro de gavetas por esse Brasil??? Portanto vamos apostar e incentivar divulgando esses autores que tem muito a dizer!
A linha editorial da Modo Editora é tudo que a gente adora: Ficção Juvenil, Fantasia, Épicos, Sobrenatural e Romances. E já temos novidades chegando:  OS FILHOS DO TEMPO do autor Chaiene Barboza.
Já fiquei apaixonada pela capa! 
SINOPSE: Esta é a estória de um estudante chamado Nicolas, que adorava olhar as estrelas e pensar na grandiosidade do universo. Ele é perseguido por seres de outro mundo que querem levá-lo do planeta Terra. O rapaz conhece uma linda mulher que veio de um lugar muito distante para revelar segredos que mudariam sua maneira de ver o mundo. Uma descoberta fantástica o remeterá a conhecer quem serão os "Filhos do Tempo". Uma trama intrigante que nos fará ver o mundo por um outro prisma. Segredos, paixão intensa, aventura e grandes revelações mudarão para sempre a vida, não apenas de Nicolas, mas de todos que viajarem com ele nesta odisseia. Quem ousa a tanto?

Ficção científica + trama intrigante = leitura garantida!!! A descrição dos personagens é incrível e o autor concedeu uma entrevista com considerações sobre a obra que vou postar na Coluna Talentos Nacionais.
Não vejo a hora de começar a ler. E vocês o que acharam?

Ah, a Modo Editora tem uma surpresinha pra vocês:
Se o post atingir 50 comentários em 3 dias, a Modo Editora vai presentear um comentarista com uma agenda personalizada + marcador.
Então comente, dê sua opinião sobre o livro e não esqueça de deixar seu e-mail junto com o comentário. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Resenha: Queria Que Você Estivesse Aqui - Francesc Miralles

Se tem uma coisa que eu adoro fazer é passear em livraria... Sentir o cheiro de todos aqueles livros não lidos... Sair passando a ponta dos dedos nas capas... Fuçar todas as prateleiras... Mas, para mim nada se compara àquela sensação que dá quando você olha a capa de um livro e tem a impressão que era exatamente isso que você estava procurando! Isso acontece muito comigo. Aí eu o encaro e peço silenciosamente: “por favor não seja só uma capa bonita e me dê motivos pra te levar pra casa...”! Acreditem, às vezes funciona. Queria Que Você Estivesse Aqui foi um desses casos. Uma capa com a Torre Eiffel e um envelope diz muita coisa quando você procura uma leitura que fuja um pouco às tendências atuais. E como se o livro respondesse ao meu pedido, me deu três grandes motivos: uma sinopse cheia de mistério e expectativa; um autor super elogiado em seu trabalho anterior e, logo nas primeiras páginas, um trecho de uma das minhas músicas favoritas: Wish You Were Here do Pink Floyd! Precisa mais???
Título Original: Ojalá Estuvieras Aquí
Editora: Record
ISBN: 9788501086563
Autor: Francesc Miralles
Tradutor: Luis Carlos Cabral

SKOOB
Sinopse: No dia em que completa 30 anos, Daniel, um prestigiado arquiteto barcelonês, é abandonado pela namorada. Em pleno naufrágio pessoal, escuta o disco da cantora Eva Winter, que ganhou de presente da única amiga que manteve desde a faculdade. Para sua surpresa, as músicas parecem falar de sua própria biografia. Intrigado, Daniel toma uma decisão insólita: sem avisar ninguém, muda-se para Paris em busca da cantora misteriosa. Lá, muitas surpresas o esperam... e, talvez, o amor de sua vida.

"Queria que você estivesse aqui. Somos apenas duas almas perdidas nadando em um aquário, ano após ano fazendo a mesma velha rota. O que encontramos? Nossos medos de sempre. Queria que você estivesse aqui." (PINK FLOYD, Wish You Were Here)
No livro, o protagonista Daniel, um arquiteto bem sucedido em plena crise dos 30 anos, nos conta como, de repente sua vida extremamente organizada virou de pernas pro ar por conta de uma sequência de acontecimentos que deu-se início ao receber o primeiro “Parabéns!”.  Sua noiva Desirée termina com ele durante o aniversário, faltando apenas três meses para o casamento; Descobre ainda na festa que ela já estava tendo um caso com Bosco, um dos convidados e amigo do casal; E resolve afogar as mágoas ouvindo um CD de uma cantora desconhecida que ganhou de presente de sua única amiga dos tempos de faculdade. O que Daniel não contava era que aquelas músicas o resgatariam de todo aquele drama e jogariam em um grande mistério, pois desde a primeira faixa, ele ouviu experiências vividas por ele na infância e adolescência, narradas nas letras de Eva Winter. Coincidência? Achou que seria muita presunção de sua parte acreditar que esses acontecimentos, que pareciam tão particulares, não seriam coisas banais, vividas por tanta gente. Mas a cada música, o que parecia coincidência começa a se transformar em algo, no mínimo, intrigante... Era como se tudo fosse sobre ele. Sua vida em ordem cronológica. Como era possível essa tal Eva Winter, uma cantora de quem nunca ouvira falar, tivesse vivido situações tão semelhantes? Até a última faixa falava sobre um arquiteto que após levar um fora da noiva, foi a Paris ao encontro de uma cantora... E é aí que começa a grande aventura de Daniel, que num rompante resolve se desligar de tudo e todos e segue para a Cidade Luz a fim de descobrir mais sobre Eva Winter.

"Exatamente por que sabia que era absurdo, achava divertido elaborar no sofá da sala o roteiro do PLANO IMPOSSÍVEL, uma coisa muito mais ambiciosa do que uma viagem pontual para assistir a um concerto. Perguntava-me como seria abandonar tudo sem data para voltar, me instalar em um apartamento em Paris e tentar conhecer aquela mulher com quem parecia compartilhar tantas coisas e que, além disso, havia me chamado secretamente."


A narrativa de Francesc Miralles me conquistou desde o início. Com um texto fluido e repleto de reflexões, observações e pensamentos de Daniel, que nos fazem entender a busca real de si mesmo que o personagem encara. Sua infância solitária, a falta de sorte com as garotas, o foco no trabalho... Uma série de características que fazem dele um homem ingênuo, indeciso, até mesmo imaturo, porém adorável e irritante ao mesmo tempo! Além disso, a trama misteriosa que envolve Eva Winter, seus amigos e sua vida boêmia em Paris é extremamente convidativa. Eva é uma personagem contraditória e inusitada. E é muito interessante ver o contraste de um cara “certinho” como Daniel inserido nesse cenário.

"No entanto, logo entenderia que a linha reta não é a distância mais curta entre dois pontos. Há destinos na vida que exigem longos rodeios, uma habilidade especial para evoluir em círculos até encontrar a entrada para um mundo que está dentro deste, mas até então você não conhecia." 
Outra coisa que amei no livro foi reviver Paris através de Daniel, imaginem o meu queixo batendo no chão quando li que o hotel onde ele ficou hospedado foi o mesmo que fiquei quando estive lá. As descrições do hotel, das ruas, dos cafés e todos os lugares onde o personagem passa são tão vívidas, um olhar tão real, que nos envolve e nos faz segui-lo em sua busca implacável. As referências musicais são incríveis e o melhor de tudo: inserir trechos de O Jardim Secreto, obra literária infantil da escritora inglesa Frances Hodgson Burnett, ajudou a aumentar ainda mais o suspense.
Queria Que Você estivesse aqui é, acima de tudo, um livro sensível, que nos mostra a beleza da amizade e das trilhas que nos levam ao autoconhecimento e ao amor.  
Minha recomendação: leia despretensiosamente e saboreando cada página. E mesmo que você descubra o mistério antes da hora assim como eu, não importa. A qualidade da leitura é tão compensadora que acabamos desejando que aqueles capítulos curtos simplesmente não acabem. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Assistindo Livros: Especial Oscar - Os Descendentes

A predileção de Alexander Payne de levar para as telas conflitos pessoais de personagens sem rumo de uma maneira nada convencional é interessante, mas confesso que nunca foi do meu agrado. As duas experiências que tenho com o diretor, Sideways e As Confissões de Schimidt não me impressionaram nem um pouco. Muito pelo contrário.  George Clooney, na minha humilde opinião nunca foi um ator lá muito versátil e até então nunca tinha conseguido se livrar da imagem de “Galã mais cobiçado de Hollywood”. Então, esse mix de Payne + Clooney foi meio caminho andado para que eu quase não desse a menor atenção ao filme Os Descendentes. Eu disse QUASE!
Acontece que uma adaptação de uma obra literária para as telas do cinema nunca é um trabalho fácil. E, já tendo lido um pouco sobre o romance da escritora havaiana Kaui Hart Hemmings, eu realmente quis conferir a capacidade do diretor de extrair humor de situações complexas e ainda assim mostrar uma estória bem contada.
Para minha surpresa, foi exatamente isso que aconteceu!
Nos primeiros minutos do filme, temos o protagonista Matt King, desmistificando em tom sarcástico a imagem de que morar no Havaí é como estar de férias o ano todo. A narração vem acompanhada de imagens urbanas, com todos os problemas de uma cidade normal. Nada de resorts, praias paradisíacas e surfistas por todos os lados. De fato, até tem tudo isso no filme (mesmo as camisas floridas), mas tudo em segundo plano.

Isso por que Matt está em um momento crucial de sua vida. Ele é um advogado que sempre colocou o trabalho em primeiro lugar e agora, sua esposa Elizabeth está em coma por conta de um acidente de lancha. A relação com suas filhas é praticamente inexistente. Ainda por cima encontra-se como responsável por decidir em nome da família pela venda de uma propriedade paradisíaca que é herança familiar, uma vez que são descendentes de uma linhagem de nobres havaianos e primeiros brancos a habitarem o arquipélago. Venda esta que deixaria os primos e ele próprio muito ricos, mas que destruiria uma das mais lindas paisagens, em prol de resorts internacionais ou Shopping Center ou coisa pior, atraindo a desaprovação da comunidade local. 
Em meio a tantos acontecimentos, Matt precisa fazer uma inversão de valores. Troca os dias enfiado no escritório pelos cuidados com as filhas em tempo integral. Novidade na vida de um pai que nunca teve que lidar com a rebeldia de uma filha adolescente e as tentativas de chamar atenção de uma filha de 10 anos. Cada uma aprontando conforme suas idades! Ao tentar recuperar o tempo perdido, Alexandra, sua filha mais velha faz uma revelação dramática que se torna a grande busca e aventura do filme. Não vou soltar spoiler e dizer do que se trata, mas posso adiantar que é uma reviravolta geral em tudo o que Matt acreditava.
Mas o grande lance do filme está exatamente aí, na maneira como todos os personagens lidam com a nova situação. O momento é trágico, mas pela imperfeição e realismo desses personagens, acaba criando situações patéticas que equilibram de forma certeira drama e humor. Acreditem, o filme traz um humor sutil e diálogos inteligentes no meio de um quadro que só piora a cada cena. 
Falando em personagens, devo reconhecer que George Clooney mostrou todo seu potencial de atuação nesse filme. Ele foi extremamente convincente no papel de homem comum, marido desesperado e pai tentando encontrar seu caminho. Deixando completamente de lado todo o charme e glamour que lhe é inerente para interpretar um personagem emocionalmente real.  Preciso ressaltar também um grande talento despontando: Shailene Woodley, que faz o papel de Alexandra, brilha representado com muita personalidade uma adolescente verdadeira, sem exageros no estereótipo. Na verdade o elenco todo é muito bom. Amara Miller que interpreta Scottie, a filha mais nova de Matt, faz um trabalho belíssimo. E há um personagem em especial que é responsável por muitas gargalhadas: Sid (Nick Krause), o amigo sem noção de Alexandra. 
Os Descendentes é um filme que não tem grandes truques, nem inovações. Ele é simplesmente isso: uma estória bem contada que faz com que você se identifique com os personagens, que são os mais reais possíveis, com problemas comuns e dificuldades que qualquer um de nós pode vir a ter. É isso que nos envolve na trama: ver tudo se desenrolar aos poucos, encaixando peças e reencontrando caminhos. Nada do que se pode imaginar de primeira: um drama familiar que numa cena final tudo se esclarece e todos ficam felizes... Os Descendentes é uma série de pequenos instantes que vão do aprendizado e crescimento dos personagens até as questões de perda e legado. 

Forte candidato ao Oscar de Melhor filme, não é meu favorito entre os concorrentes, mas sem dúvida, um grande filme!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Assistindo Livros: Especial Jogos Vorazes

Se você é leitor viciado e vive atualmente no planeta Terra é lógico que pelo menos já deve ter ouvido falar na série Hunger Games (Jogos Vorazes), da escritora Suzanne Collins e, se não já leu os livros deve ter dado pelo menos uma espiadinha num milhão de resenhas por aí... Eu mesma vi várias antes de começar a ler no ano passado e ainda peguei um montão de indicações com meus amigos blogueiros. É que naquele momento eu já estava um pouco “gata escaldada” com algumas séries direcionadas para o público Young Adults que prometiam muito e quando você iniciava a leitura... bem... as promessas iam por água abaixo!  

Ainda assim, fui lá na livraria, meio desconfiada e peguei o primeiro livro, assim como quem não quer nada e comecei a dar uma lida...
Ok... um mundo pós-apocalíptico surgido a partir do que um dia fora os Estado Unidos, chamado Panem... formado por 12 distritos... tinha 13, mas um foi destruído por que provocou uma rebelião contra a Capital... Até aí tudo bem! O bicho pegou foi quando a sinopse dizia que pra demonstrar seu poder perante os 12 distritos restantes, a tal Capital desenvolveu uma espécie de reality show de sobrevivência, onde um casal de adolescentes entre 12 e 18 anos de cada distrito era “sorteado” pra participar, e, das duas uma: matava todo mundo no jogo e virava celebridade ou morria! 
Na mesma hora pensei: “Como é que é???? Gente, isso não pode prestar... mas quer saber? Vou dar uma chance! A história é diferente e pra tanta gente falar bem alguma coisa boa tem que ter... e se não tiver, vai virar uma resenha daquelas que falta adjetivo negativo pra completar o texto!!!’”.... E aí que eu devorei primeiro livro, comprei logo o segundo e li o terceiro em inglês mesmo! Nem cheguei a fazer a resenha na época, por que praticamente engoli as páginas e não parei pra sequer por a mão no teclado... (mas prometo que vou fazer um resenhão da trilogia aqui no blog durante o Especial Jogos Vorazes)
 Hoje eu quero mesmo é falar sobre o filme! Eu sei que já tá todo mundo roendo as unhas esperando ansiosamente pelo dia 23 de março! E com razão, por que ao que tudo indica os estúdios Lionsgate fez um investimento dos bons! O que me deixou muito feliz pois quando soube que ia ter filme da série, a minha primeira preocupação foi como eles iriam retratar todo aquele jogo e todos aqueles cenários e personagens, sem ficar caricaturado, ridículo e remendado num filme de baixo orçamento.

E pra você aí que tá completamente perdido no meio de tudo isso aí vai uma pequena idéia do que estou falando: o centro da trama é a adolescente Katniss Everdeen de 16 anos, que se oferece para ir como tributo no lugar da irmã Prim de 12 anos que é a “feliz sorteada”. Pra completar, o tributo masculino do seu distrito (em quem também ela tem que passar a faca se quiser voltar vivinha da silva pra casa) é Peeta, o garoto com quem Katniss se sente em dívida por tê-la ajudado numa situação difícil no passado... Pelo menos ela se sentiu “aliviada” por não ter que enfrentar outro possível candidato: Gale, seu melhor amigo, que compartilha com ela não apenas o talento da caça, mas a responsabilidade de cuidar de suas famílias... E só pra a história ficar mais bonita ainda, o Distrito 12, ao qual esses personagens representam é o mais pobre de Panem! O que significa patrocínio zero para apoiá-los durante o show, e pra piorar a situação, seu mentor é o único tributo vencedor desse distrito ainda vivo... Ou seja, faz tempo que esse povo não ganha nem “bom dia”. O cidadão em questão é Haymitch, um bebum do tipo “amanheci na sarjeta abraçando uma cobra... como cheguei aqui?” Aí já viu né... O povo do 12 tá numa situação um tantinho complicada!



Bem, mas de cara, o que me chamou atenção sobre a produção cinematográfica de Jogos Vorazes foi a escolha do elenco, que teve uma disputa acirradíssima para a maioria dos papéis e vejam só que time foi formado:  

Katniss será interpretada por ninguém mais, ninguém menos que a indicada ao Oscar de melhor atriz pelo filme "Inverno da Alma", Jennifer Lawrence. Ela concorreu ao papel com outras duas grandes jovens atrizes também indicadas ao Oscar recentemente Hailee Steinfeld (Bravura Indômita) e Abigail Breslin (Pequena Miss Sunshine). Deu pra perceber o alto nível no quesito “mocinha”. E embora ache Hailee Steinfeld e Abigail Breslin excelentes atrizes, acredito que Jennifer Lawrence foi a escolha perfeita. Além de talentosa (pois carregou nas costas o filme “Inverno da Alma” inteiro), a caracterização dela deu vida a Katniss exatamente como eu imaginava ao ler o livro.
E aí convenceu? Imaginou que ela seria assim??? (eu particularmente gostei por que sempre vi a Katniss como uma sobrevivente e odiaria vê-la sendo interpretada por uma "sobrevivente" no estilo Megan Fox... "Ooops, minha regata rasgou durante a luta, vou ter que ficar com os peitos de fora o filme inteiro...")

Os rapazes também tiveram que suar a camisa! Para o papel de Peeta Mellark estavam no páreo Alex Pettyfer (Eu sou o Número Quatro), Josh Hutcherson (Minhas Mães e Meu Pai) e Hunter Parrish (Weeds)... Não vou mentir que superadorei o Josh Hutcherson ser o grande vencedor, por que simplesmente acompanho esse garoto desde que ele fez Zathura, Pontes para Terabítia e muitos outros filmes onde sua atuação realmente me surpreendeu!(O que quer dizer que não teremos pelo menos um ator estilo Malhação canastrão, acabando com o filme apenas por que tem características físicas iguais às descritas no livro).
Já não posso dizer o mesmo sobre o escolhido para ser Gale... Liam Hemsworth de "A Última Música" (bem que poderia ser O Último Filme) que levou o papel mas o bichinho é fraquinho de atuação que chega a dar dó... (me perdoem os fãs da Miley Cyrus, mas ela e esse moço conseguiram a proeza de destruir um filme baseado num livro de Nicholas Sparks, o que por si só é praticamente garantia de sucesso...) Mas vamos ser positivos! Pode ser que o moço tenha feito umas aulinhas de atuação extras... e, em último caso, pelo menos ele vai  servir de colírio! (fãs não briguem comigo! É uma opinião pessoal ok?)
Seremos nós e Katniss com um grande dilema: Peeta, o filho do padeiro com carisma e coração de herói ou Gale, o talentoso caçador, protetor e cheio de charme revolucionário!

E saindo um pouco do tradicional triângulo amoroso, o filme conta com grandes nomes que também farão parte do elenco: Donald Sutherland como presidente Snow, Woody Harrelson como o pau de cana do Haymitch, além de Stanley Tucci, Elizabeth Banks (o virgem de 40 anos),Toby Jones (O Ritual), Wes Bentley (Beleza Americana), (o cantor/ator) Lenny Kravitz (Preciosa) e mais uma turma boa sob a direção de Gary Ross (Seabiscuit).

Na segunda parte do Especial Jogos Vorazes, falarei mais sobre os outros personagens! Mas e vocês? Gostaram das escolhas ou pensaram em outros nomes??? O que esperam do filme? Quem tá contando os dias pra março chegar? Quero saber todas as opiniões e se esse post chegar aos 50 comentários, vai rolar uma #promo especialíssima! ( que tem a ver com um certo Box que acabou de ser lançado...)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Resenha: Destino - Ally Condie

Título Original: Matched
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788560280810
Autora: Ally Condie
Páginas: 240
Tradutor: Lívia de Almeida

Sinopse: Cassia tem absoluta confiança nas escolhas da Sociedade. Ter o destino definido pelo sistema é um preço pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável, um emprego seguro e a certeza da escolha do companheiro perfeito para se formar uma família. Ela acaba de completar 17 anos e seu grande dia chegou: o Banquete do Par, o jantar oficial no qual será anunciado o nome de seu companheiro. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander – bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos –, tudo parece bom demais para ser verdade. Quando a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo, o mundo de certezas absolutas que ela conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés. Agora, Cassia vê a Sociedade com novos olhos e é tomada por um inédito desejo de escolher. Escolher entre Xander e o sensível Ky, entre a segurança e o risco, entre a perfeição e a paixão. Entre a ordem estabelecida e a promessa de um novo mundo.

O que você não daria para viver em um mundo perfeito? Um mundo onde não existe estresse, câncer, Alzheimer, obesidade... onde todos têm uma rotina saudável, segurança, um lar decente, boas escolas e oportunidades de trabalho para todos... Quem não sonharia com uma vida assim? Vou responder: qualquer pessoa que leia este livro!
Ally Condie nos apresenta um novo mundo nessa série. Um mundo governado pelo que chamam de “Sociedade”. A Sociedade é como se fosse uma espécie de órgão governamental onipresente e oniciente. Eles oferecem qualidade de vida aos que restaram, depois que o homem quase destruiu o planeta. É a Sociedade que garante sua casa, sua escola, seu trabalho, sua alimentação. Em troca ela controla tudo: o que você come, o que veste, onde mora, o que faz no seu dia-a-dia e em que horários, quando você vai conhecer a pessoa com quem se casará, escolhe o melhor par para você, quantos filhos terão e até o dia da sua morte. Na minha opinião um preço beeeeem alto por uma vida de “qualidade” mas sem liberdade.
A estória gira em torno da adolescente Cássia, que assim como todo mundo acredita que a Sociedade é infalível e que age da melhor maneira para garantir uma vida decente para todos. Quer dizer, até o dia em que ela vai conhecer seu “par perfeito” junto com seu melhor amigo Xander e, no banquete do par os dois descobrem que a sociedade determinou que eles dois foram “feitos um para o outro”, que são a melhor combinação possível entre dois humanos. É assim que funciona: classificações, dados, estatísticas. O sistema de pares garante a melhoria genética e com isso a erradicação de doenças. Tudo é matematicamente determinado. Não existem coincidências, apenas probabilidades! Mas tudo isso vem abaixo quando Cassia, que já estava mais do que feliz em se casar com seu amigo de infância ao invés de um desconhecido qualquer que talvez ela nem achasse bonito, foi saber um pouco mais sobre seu pretendente no microcartão entregue a eles (sim, é totalmente informatizado o romance). O tal microcartão mostrou o rosto de Xander e em seguida, uma falha e outro rosto aparece: Ky. Vizinho e colega de escola dos dois. 



Aí começa uma trama emocionante que deixa o leitor o tempo inteiro curioso e desconfiado. Foi uma falha? Foi uma farsa? Vão corrigir? Vão assumir o erro? O que será do destino desses três jovens? Cassia segue o curso da vida sem saber em quem confiar, a quem contar, sem querer magoar Xander e com  a curiosidade uma vez despertada, se pega criando sentimentos pelo misterioso Ky. Tudo vira um grande questionamento para ela, uma vez que a Sociedade sendo tão perfeita, cometeu um tipo de erro como esse, quem pode garantir que os pais dela foram feitos um para o outro? Será que são felizes? O que escondem? Aliás, o tempo todo parece que há uma névoa de segredo envolvendo os personagens e isso nos faz grudar os olhos em cada parágrafo do livro.
Mas não pensem que o livro inteiro é uma dramática decisão de uma garota boba divida entre dois caras. Não, o romance serve como pano de fundo para uma crítica muito interessante aos nossos dias atuais, cobertos de excessos. O consumismo, o desperdício, a má administração do tempo, a futilidade sendo mais importante que a saúde, desleixo com amizades e família, a subestimação do amor, a pouca importância que alguns dão ao acesso ao conhecimento e cultura, oportunidades não aproveitadas, a não valorização da liberdade, o poder da escolha. O livro mostra um mundo que seria meio que um “castigo ideal” para que todos nós pudéssemos rever nossos conceitos.
Só de imaginar uma vida onde o grande acesso à cultura são 100 músicas, 100 poesias, 100 obras de arte selecionadas pela Sociedade, onde você tem que obrigatoriamente andar com 3 comprimidos com você o tempo todo (um azul para suprir necessidades quando passam muito tempo sem se alimentar, um verde que é um calmante e um vermelho que ninguém sabe pra que serve e só pode ser tomado quando a Sociedade manda), onde suas atividades de lazer e entretenimento são escolhidas para você e que você não pode saber mais do que aquilo que lhe é determinado, eu não vejo outra coisa a não ser uma espécie de ditadura que cria marionetes incapazes de olhar para os lados e que nunca conquistarão independência.
É isso que Destino mostra através dos olhos de Cassia. Que o mundo de antes tinha muitos defeitos e que o mundo criado pela Sociedade é uma tentativa de correção de nossas falhas. Faz com que os personagens questionem o que é realmente um mundo melhor: seguir regras e ter uma felicidade esperada ou ter a chance de arriscar no desconhecido e ver no que vai dar? Ao mesmo tempo tudo indica que perfeição não existe. Em nenhum mundo.
Ah! Antes que você me pergunte: Xander ou Ky? Já vou adiantando que é difícil escolher pois os dois são incríveis. Só podemos torcer por Cassia, para que ela saiba que caminho seguir, por que eu mesma tô completamente indecisa e acho que muita água ainda vai rolar nesse rio...
Se você tá afim de fugir um pouco dos romances comuns, eu super indico essa série. Mundo pós apocalíptico misturado com ficção científica rendeu um futuro narrado de forma interessante e bem argumentada. Já tá na minha estante e espero ansiosamente o lançamento no Brasil da continuação: Crossed.
Boa Leitura! 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dá Pra Esquecer? A Vila - A Cena da Varanda



Como não achei um vídeo legendado, improvisei uma legenda aqui...


Ivy: Os anciões farão uma reunião amanhã. E todos os membros da vila serão questionados.
Lucius: Para saber se a fronteira foi violada?
Ivy: Sim.
Lucius: Está frio aqui fora... É melhor você entrar.
Ivy: Porque você está aqui nesta varanda?
Lucius: Por que não é seguro.
Ivy: Existem outras varandas. 
Ivy: Você acha que me comporto que nem um garoto? Eu sinto vontade de fazer coisas de garotos... Como aquela brincadeira que eles fazem sobre o toco de arvore. Eles viram as costas para a floresta... e esperam pra ver quanto tempo eles conseguem ficar lá antes de se assustar. É tão excitante... Eu fiquei sabendo que o recorde é seu. E dizem que nunca será quebrado.
Lucius: São apenas brincadeiras de crianças.
Ivy: Como você é tão corajoso quando o resto de nós treme igual vara verde?
Lucius: Eu não me preocupo com o que vai acontecer, apenas com o que precisa ser feito.
Lucius: Como você sabia que eu estava aqui?
Ivy:Eu vi você pela janela. Não... Eu não vou te dizer a tua cor. Pare de perguntar.
Ivy: Quando nos casarmos, você vai dançar comigo? Eu acho dançar muito agradável.
Ivy: Por que você não consegue dizer o está em sua mente?
Lucius: Por que você não consegue parar de dizer o que está na sua?  Por que você tem que conduzir, quando eu quero conduzir? Se eu quiser dançar, eu lhe convidarei para dançar. Se eu quiser falar, vou abrir minha boca e falar. Todo mundo está sempre me atormentando para falar mais. Por que? O que há de bom em lhe dizer que você está em todos os meus pensamentos desde o momento em que acordo? O que você pensaria eu lhe dissesse que as vezes eu... eu não consigo pensar claramente, ou fazer meu trabalho direito? Qual seria a vantagem em lhe dizer que o único momento em que sinto medo como os outros... é quando imagino você em perigo?
Lucius: É por isso que estou nesta varanda, Ivy Walker. Temo por sua segurança acima de todos os outros.
Lucius: E sim... Eu vou dançar com você no nosso casamento.

Ok. Aí vai uma opinião controversa: Eu amo o filme A Vila! É o tipo do filme “ame ou odeie” e lógico que o fato do M. Night Shyamalan ter feito um monte de porcaria entre O Sexto Sentido e  A Vila, também não ajuda a dar uma chance… Mas posso falar? A história é tão absurda quanto interessante e nos faz refletir sobre um monte de coisas… Além do mais, o filme tem essa cena. Uma das declarações de amor mais lindas que já vi no cinema… Pra quem não viu o filme, pode parecer sem graça e fora de contexto… mas se você viu, sabe do que eu estou falando! Mesmo quem não gostou de A Vila reconhece o valor dessa declaração sutil, despretensiosa e meio desajeitada… atuações impecáveis e texto absurdamente bom, num diálogo que reflete toda a personalidade dos personagens Lucius Hunt e Ivy Walker na cena da varanda. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Resenha: Sob a Luz da Lua - Andrea Cremer

Livro: Sob a Luz da Lua - vol. 1
Título Original: Nightshade #01
Autora: Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Tradução: Flávia Neves
ISBN: 9788501090478
Número de Páginas: 462

Sinopse: Calla Thor não é uma menina normal, e sempre soube que seu destino seria se unir a Ren Laroche, sendo sua fiel companheira até o último dia de suas vidas. Só que Calla, assim como Ren, é tão humana quanto loba. Alfa dos Nightshades, ela é responsável pelo bem estar e segurança dos outros integrantes de seu grupo e deve obediência aos Defensores, feiticeiros que vigiam os humanos desde tempos imemoriais. Tudo estaria a salvo se não fosse Shay Doran, um misterioso humano que faz Calla transgredir as severas leis que regem seu mundo e colocar em risco não só a sua vida, mas a de todos aqueles que ama.

Eu nunca tinha ouvido falar na série Nightshade, até dar de cara com Sob a luz da Lua na livraria. De cara, me apaixonei pela capa. Tudo nela é lindo! Confesso que quando li a sinopse do livro fiquei um tanto desconfiada e pensei duas vezes se encararia a leitura... A frase “Só que Calla, assim como Ren, é tão humana quanto loba” já me deixou de orelha em pé! Primeiro por que tenho uma visão muito pessoal do lobisomem. Gosto mesmo é daquela coisa de maldição e monstros feios, metade homem, metade fera, que sofrem com a transformação, que não reconhecem humanos e só respondem aos seus instintos. Não me agradam essas versões onde o humano se transforma num cachorro grande, que não passa de um bichinho de estimação mais irritadiço e agressivo...  Quer dizer... meio caminho andado pra eu odiar esse livro...  Mas assim como dei uma chance para Maggie Stiefvater e amei, achei justo dar o benefício da dúvida para Andrea Cremer. E, por mais contraditório que possa parecer, eu gostei bastante!
De fato a mitologia aqui é beeeeem diferente! Eles não se consideram lobisomens. São seres sobrenaturais chamados Guardiões. Difícil dizer se são lobos ou humanos, porque a magia que os cerca, permite que eles sejam as duas coisas ao mesmo tempo. E a dinâmica, ao que me pareceu é bem ao contrário, é mais ou menos como se fossem lobos que se “disfarçam” assumindo a forma humana, pra passarem despercebidos aos olhos dos pobres mortais. E quando digo lobo, estou me referindo ao animal mesmo, aquele que caça, vive em bando, usa seus instintos... Então esqueça monstros quebrando ossos e criando pêlos na lua cheia!
O que Andrea Cremer nos apresenta numa narrativa incrivelmente viciante é um mundo sobrenatural diferente que está repleto de criaturas mágicas. Temos os Guardiões que protegem os Defensores, que por sua vez vigiam os humanos, contra ameaças, leiam-se Inquisidores, que podem desestabilizar o “equilíbrio natural”.
A protagonista é Calla, a jovem alfa da alcatéia nightshade, que ao contrário de todas as garotas de sua idade, não está nem um pouco preocupada com os garotos bonitos, as festas, as roupas, maquiagens e esmaltes. Ela é focada na missão de ser uma grande líder para sua alcatéia. Afinal, seu destino já está todo planejado mesmo, por que se incomodar em perder tempo sonhando com coisas que não podem ser diferentes? O destino planejado em questão é Ren, o alfa da Alcatéia dos Banes, que, como típico adolescente na fase de hormônios à flor da pele, faz a linha “tô pegando todas” até chegar a hora de encarar suas responsabilidades. Uma dessas responsabilidades é casar-se com Calla quando os dois completarem 18 anos e formar uma nova alcatéia, unindo os seus bandos em um só. De cara, ele aparenta ser um idiota metido, mas depois fui percebendo que aquilo era meio que máscara. No fundo ele nunca achou que unir-se a Calla fosse um fardo, muito pelo contrário... Mas, sabe como é... Ele é um alfa macho, e para os “machos” tudo é permitido...
A paz e a tranqüilidade do mundo lupino acabam quando Calla resolve romper todas as regras para salvar um humano que corria risco de vida. O que ela não imaginava era que esse humano não era apenas um andarilho. Ele tinha vindo pra ficar. Shay era novo na cidade e seria colega de classe de Calla... E de Ren. Nem preciso dizer que a confusão tá formada! Até eu não consegui decidir de quem gostava mais. Calla e Ren dividem uma química, uma tensão sexual e a segurança do esperado. Calla e Shay dividem cumplicidade, uma amor natural e descontraído. Além do mais ele é extremamente PROIBIDO! (Ô motivo bom!)
Apesar de seus personagens serem extremamente cativantes, este livro não é apenas mais uma história de triângulo amoroso entre humanos e sobrenaturais. Ele aborda questões bem interessantes como opressão feminina, bullying, homossexualismo e, principalmente, liberdade. Acho que esse é o ponto forte da estória. Tudo é uma questão de escolha, de ter opções (ou não), de tomar decisões e arcar com as conseqüências, sejam elas quais forem. A busca da verdade a qualquer custo. Afinal, que sociedade tão cheia de regras e submissão não tem por trás algum tipo de segredo ou corrupção?
Realmente me surpreendi com o livro. A mocinha é decidida, de personalidade forte. A estória é fluida e os acontecimentos são bem amarrados, mesmo com taaanta magia envolvida. Recomendo até mesmo para quem tem preconceitos com lobos!!! Só que se trata de uma série, então já viu né? Significa que muita coisa fica pro próximo livro, inclusive nossa curiosidade e inquietação...
Pois que venha logo Wolfsbane!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Assistindo Livros: Especial Oscar - O Artista


Ainda não decidi se O Artista é uma homenagem à sétima arte ou uma verdadeira aula de como fazer um grande filme! Um filme que, mesmo mudo, diz tanto, que chega a questionar a real necessidade de palavras em certas situações. Sim, é um filme mudo e em preto e branco! Mas quer saber? A gente nem sequer lembra desse detalhe quando o filme começa... pra quê vozes? Temos atores talentosamente expressivos, uma trilha sensacional, detalhes técnicos impecáveis e a sutileza de uma estória encantadora, capaz de conquistar públicos de todas as idades.

O Artista nos apresenta o grande George Valentin, o astro mais popular e carismático do cinema mudo. Um filme de Valentin era garantia de sessão lotada, bilheteria esgotada com antecedência. E ele, vaidoso, tinha certeza de seu sucesso: sabia que aquelas pessoas estavam ali para VÊ-LO. Mas eis que, em uma de suas aparições públicas, Valentin literalmente esbarra em uma fã e para se sair da situação sem perder o rebolado, posa para os jornais ao lado da moça. Peppy Miller, a então misteriosa moça da foto com Valentin, era uma dançarina aspirante a atriz. 


Valentin a ajuda no início de sua carreira e nasce um sentimento mútuo ali. Só que a vida dos dois vira uma gangorra, quando a indústria cinematográfica começa a ver, ou melhor, OUVIR os avanços da tecnologia. Valentin dá gargalhadas da nova idéia absurda de inserir vozes no cinema. Recusa a aceitar essa transição, adaptar-se aos novos tempos e trava uma batalha pessoal  pra provar que o cinema mudo é o que o público deseja. Enquanto isso, Peppy abraça a novidade e sua carreira sobe vertiginosamente. O orgulho de Valentin não o deixa ver que o tempo não para. E a gratidão (e paixão) de Peppy faz com que se recuse a assistir a decadência do amigo, que se torna um homem “atormentado pelo som”.


O filme é uma verdadeira viagem no tempo, do figurino fantástico às apresentações no cinema com direito a orquestra fazendo fundo musical. Os protagonistas nos conquistam desde a primeira cena! Seus rostos expressam emoções de todos os tipos, o timimg da comédia é perfeito e a linguagem corporal capta cada minuto da nossa atenção. Desde um “duelo”de pernas a uma cena com um cabide, não há absolutamente nenhuma parte desse filme que não nos transmita uma mensagem. Tal como a gangorra que mencionei anteriormente, uma cena em uma escada, representa a principal delas: Peppy sobe o tempo todo e Valentin desce cada vez mais! Para mim, nada mais é que uma forma de nos mostrar que precisamos vencer os preconceitos, estar abertos a mudanças, ser capazes de se nos adaptar e ter humildade para reconhecer erros e aprender com eles.


Outro ponto alto da trama que não posso deixar de destacar é o personagem canino Uggie, o melhor amigo de Valentin! Fala sério, o cachorro merecia uma indicação de melhor ator coadjuvante! Brincadeiras a parte, o elenco é primoroso. E diria que, é só por causa de algumas caras conhecidas como John Goodman e Penélope Ann Miller que a gente se dá conta de que não é um filme antigo! 


Em tempos de filmes 3D e excessos de tecnologias é realmente surpreendente que um filme simples e sem efeitos especiais saia colecionando tantos prêmios e seja o favorito para o Oscar. Mas é de fato merecido! O filme é uma obra-prima! Todos os elementos estão lá: a comédia, o drama, a aventura. E você só precisa VER para SENTIR. Por isso convido você a deixar o preconceito de lado e viajar pelas expressões de Jean Dujardin e Bérénice Bejo!